Páginas

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desafios da Educação à Distância

Os Desafios da Educação à Distância

O debate sobre educação à distância anda em alta atualmente. Mas a discussão vai além do objetivo único de transpor a barreira do espaço/tempo.

Além da questão espaço/tempo, o desafio agora é utilizar as novas tecnologias para criar interfaces que estimulem o aprendizado, permitindo o surgimento de uma nova estrutura de educação, transmissão de informação e relacionamento entre educador/educando.

A utilização das novas tecnologias pelo educador deve ampliar e diversificar a maneira de transmitir o conhecimento, estimulando o aprendizado e servindo também como ferramenta para o educando na busca pela informação.

Michael Dertouzos (1), diretor do Laboratório de Ciência da Computação do MIT (Massachusetts Institute of Technology), escreveu em seu livro “O Que Será” (1997): “O novo mundo da informação rompe com esse padrão de contribuições indiretas. Ele está diretamente vinculado às questões centrais da educação, na aquisição, organização e transmissão de informações, bem como na simulação de processos que representam o conhecimento e na utilização de instrumentos como e-mail e trabalho em grupo, para mediar as relações entre alunos e professores, e dos alunos entre si. Sendo assim, trata-se da primeira revolução socioeconômica importante da história a oferecer tecnologias diretamente ligadas ao processo de aprendizado.”.

As primeiras experiências em educação à distância no Brasil surgiram algumas décadas atrás com os cursos via correio. Apesar do sucesso que tiveram - por isso resistem até hoje - não são bem vistos por muitos; devido à pouca interatividade existente, obrigando o educando a basear seus estudos apenas em infinitas apostilas que chegam periodicamente pelo correio.

Posteriormente surgiram novos formatos utilizando a televisão e também o rádio, mas nenhuma delas conseguiu eliminar a monotonia da falta de interatividade.

A partir de 1995, com a chegada da Internet no Brasil, a educação à distância começou a se desenvolver novamente, e ano após ano surgiram novos formatos e aplicações, acompanhando o desenvolvimento da própria internet.

Nos últimos anos vimos importantes instituições de ensino americanas lançarem seus “cursos virtuais”, e o mesmo começa a ocorrer no Brasil.

Na área empresarial o “e-learning” já é realidade em muitas empresas brasileiras. Empresas como Itaú, Embratel, Natura e Hering, por exemplo, já realizam treinamentos on-line através de um sistema de “e-learning”. Em uma pesquisa realizada pela revista “Info” em março de 2002 (2), 45% das empresas que responderam afirmaram promover treinamentos on-line.

Hoje a possibilidade de conexões mais rápidas e permanentes viabilizou a utilização de softwares para conferência on-line, uma ferramenta importante para a educação à distância, pois a possibilidade de visualizar a outra pessoa garante ao usuário que nem todo o processo da educação à distância é automatizado e que seu contato é feito somente com “máquinas”.

O estereótipo de uma “aula ideal”, onde um professor é posto à frente de uma sala com dezenas de alunos deve acabar. Não é esta “sala de aula” que irá acabar, mas sim a sua importância. Ou seja, além desta sala, o educando terá outras formas de entrar em contato com seu educador, ou pelo menos, com o material que ele deixou à sua disposição, e é aqui onde o fator tempo/espaço volta a aparecer. O computador passa a ser um elemento importante de comunicação com o educador que por sua vez poderá utilizá-lo para complementar o material exposto em sala de aula.

Bill Gates (3), em seu livro “A Estrada do Futuro” (1995), inicia seu capítulo sobre “educação” da seguinte forma: “Os grandes educadores sempre souberam que aprender não é algo que você faz apenas na sala de aula ou sob a supervisão de professores. Hoje, é por vezes difícil para quem quer satisfazer sua curiosidade ou resolver suas dúvidas encontrar a informação apropriada. A estrada dará a todos nós acesso a informações aparentemente ilimitadas, a qualquer momento e em qualquer lugar que queiramos. É uma perspectiva animadora porque colocar essa tecnologia a serviço da educação resultará em benefício para toda a sociedade.”.

Novos desafios poderão ser lançados ao educando, sem a necessidade da sua presença física, bem como seu desenvolvimento e apresentação dos resultados obtidos. E nesse ponto, a internet será uma importante ferramenta de comunicação. Dentre as principais aplicações, duas merecem destaque:

- WEB - O principal recurso onde o educador pode fazer uso da multimídia e do hipertexto para transmitir a informação. O educador poderá oferecer seu material didático apenas para determinados usuários ou aberto a todo o público. Podem ser aplicados testes virtuais, apresentar vídeos ou realizar conversas on-line; em grupo ou individuais.

- Lista de Discussão - Através do e-mail um grupo de educandos pode trocar informações entre si, anexar documentos e links. O educador poderá propor discussões em grupo, onde cada educando pode interferir e dar sua opinião no momento que melhor lhe convier, acabando com a necessidade de reunir todo o grupo em um determinado local para a realização de um debate.

Já estão surgindo no mercado outras ferramentas específicas para atender as necessidades do ensino à distância, baseadas nas principais formas de comunicação oferecidas pela internet (web, e-mail, chat, etc).

A crescente utilização das novas tecnologias de comunicação proporciona uma modificação na relação entre educador/educando. O estigma de “detentor de toda a verdade” do educador dá espaço a uma postura menos centralizadora. Ganha importância a função do educador de servir como um intermediário na busca do educando pelo conhecimento. Ele irá indicar os caminhos, propor os desafios e ajudá-lo a alcançar seu objetivo.

Em 1997, Pierre Lévy (4), escreveu o livro “Cibercultura” onde diz: “... a principal função do professor não pode mais ser uma difusão dos conhecimentos, que agora é feita de forma mais eficaz por outros meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a aprendizagem e o pensamento. O professor torna-se um animador da inteligência coletiva dos grupos que estão a seu encargo. Sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: o incitamento à troca dos saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem etc.”.

A velocidade com que surgem novos conhecimentos cresce a cada dia. Não só na tecnologia ou na medicina, mas em todas as áreas do conhecimento. É praticamente impossível para a área da educação acompanhar o ritmo frenético que temos hoje. O conteúdo de muitos cursos necessita de constante atualização.

Neste contexto, o educador recebe a “missão” de ensinar ao educando a distinguir uma informação relevante em meio ao grande volume de conhecimento ao qual está exposto. Saber assimilar a informação certa, e no momento correto, saber descartá-la.

Apesar dos avanços que as novas tecnologias estão proporcionando à educação, não podemos esquecer que elas são somente ferramentas para a transmissão da informação. Devemos sempre lembrar que o centro das atenções é o ser humano, o educando, pois é este quem vai assimilar as novas informações adquiridas e transformá-las em conhecimento tácito. Marc J. Rosemberg (5) faz um comentário sobre o uso das novas tecnologias na arquitetura do aprendizado em seu livro “e-Learning”: “Com o potencial do e-learning, pode ser fácil rejeitar o treinamento tradicional em sala de aula como completamente antiquado, sem valor. Embora o e-learning tenha muito com que contribuir, ele não significa o final do aprendizado em sala de aula. Na realidade, o aprendizado em sala de aula desempenhará papel exclusivo dentro de uma arquitetura de aprendizado, mas será um papel diferente do que desempenhava no passado. Interações dos grupos, soluções de problemas da empresa, avaliações de desempenho, observação de peritos, criação de cultura e trabalho em equipe são todos atributos vitais de um sistema de aprendizado global que, em muitos casos, ainda é mais adequado para experiências em sala de aula.”.

O Consultor Mundial de Performance para a Lucent Technologies, Fernando O. Lima (6), no livro “A Sociedade Digital” (2000) afirma: “Isto não significa, como os apologistas do caos poderiam imaginar, que estaríamos profetizando um processo educativo anárquico (no sentido pejorativo e não-filosófico do termo) sem o mínimo de estruturação orientadora. Ao contrário, compreendemos que a prática pedagógica/andragógica é, inevitavelmente, uma determinação de parâmetros e de balizadores que auxiliam a caminhada dos indivíduos dentro de leques de opções cada vez mais amplos que a sociedade oferece.”. Fernando completa: “Só se pode obter uma mudança na prática educativa libertando-se dos grilhões que o conteúdo impõe à educação, do tratamento massificado da educação e, principalmente, da ditadura e do arcaísmo de uma postura educacional tendo como base o magister dix que coloca nas mãos dos professores/treinadores a responsabilidade pelo processo comunicacional que faz parte desta relação. Para realizar essa mudança de enfoque, é necessário que se atue na mudança de mentalidade dos educadores/treinadores e, concomitantemente, se desenvolva uma ferramenta didática que possa vencer a contradição histórica entre o conceito de educação de massa e atendimento individual ao aluno.”.

Apesar desta nova condição educacional ser iminente, há ainda uma importante barreira a ser ultrapassada: adequar os educadores a esta nova estrutura educacional. A grande maioria dos educadores não está preparada para esta nova realidade, a começar pelo fato que está intrínseco nessa realidade: o conhecimento das novas tecnologias, ou seja, a plena interação com a informática.

Muitos dos educadores não pertencem à geração da informática. E seu conhecimento torna-se essencial na produção de aulas interativas e que façam uso da multimídia. Durante muitos anos o educador precisou apenas de um giz e uma lousa para apresentar sua aula; hoje praticamente todos já fazem uso de transparências e do retroprojetor. Não está distante o dia em que projetores multimídia e até mesmo o notebook serão equipamentos oferecidos pelas instituições educacionais para que os educadores possam apresentar suas aulas.

As instituições de ensino precisam incentivar e estimular o educador a fazer uso das novas tecnologias. Apesar da sua estrutura e material de aula terem obtido resultados positivos durante anos, é importante lembrar que o educando de hoje não é mais como o de antigamente.


(1) DERTOUZOUS, Michael. O Que Será. São Paulo: Cia. Das Letras, 1a edição, 1997.
(2) “Na Era dos Pentabytes”. Revista INFO, abril/2002. Editora ABRIL.
(3) GATES, Bill. A Estrada Do Futuro.São Paulo: Ed. Cia das Letras, 1a edição, 1995.
(4) LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1a edição, 1999.
(5) ROSENBERG, Marc J.. e-Learning. São Paulo: Ed. Makron Books, 2002
(6) LIMA, Frederico O. A Sociedade Digital. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 2000.




-------------------------------
Éric Eroi Messa é Professor da Faculdade de Comunicação - Publicidade e Propaganda – FACOM/FAAP e do MBA Profissional - Master em Tecnologia Educacional – CECUR/FAAP. É sócio-diretor da High Performance - Marketing Interativo. E-mail: eric.eroi@messa.com.br


-------------------------------
"Os Desafios da Educação à Distância”, Revista Qualimetria, São Paulo: FAAP/DVS Editora, núm:129, ano XIV, pág.:41, 05/2002.

Educação a Distância no Brasil


O vídeo acima mostra como está o panorama da educação a distância no Brasil. Vale a pena conferir! 

Uma breve retrospectiva de como foi o início do ensino a distância.

Os tipos de cursos a distância, desde os cursos oferecidos pelo Instituto Monitor que foi o pioneiro em EaD até os dias atuais.

O histórico da EaD no Brasil. 

O que é Educação a Distância?

O que é educação a distância (*)





jmmoran@usp.br





Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.
Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância.
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.


Bibliografia:
  • LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
  • LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
  • NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.
Páginas na Internet