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sábado, 18 de junho de 2011

Educação Online

Universidade de Brasília – UnB
Universidade Aberta do Brasil – UAB
Curso: Pedagogia
Disciplina: Educação à Distância
Turma: Ped 1
Acadêmica: Iris Pinto de Faria
Educação Online



Segundo Moran “Educação on-line pode ser definida como o conjunto de ações de ensino-aprendizagem que são desenvolvidas através de meios telemáticos, como a Internet, a videoconferência e a teleconferência. A educação on-line acontece cada vez mais em situações bem amplas e diferentes, da educação infantil até a pós-graduação, dos cursos regulares aos cursos corporativos. Abrange desde cursos totalmente virtuais, sem contato físico - passando por cursos semi-presenciais - até cursos presenciais com atividades complementares fora da sala de aula, pela Internet.” (Moran, São Paulo: Loyola, 2003. p. 39-50.)
Atualmente o meio que mais tem crescido neste setor da educação online e a educação via internet, principalmente devido a necessidade que as pessoas têm de continuar sempre estudando e se aperfeiçoando.
A educação online vem sendo uma alternativa para quem precisa estar em constante formação, ela vai desde os cursos de pequena duração, até o os cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado que tem uma maior duração.
À medida que as tecnologias vão se aperfeiçoando a educação online vai ganhando destaque e um número cada vez maior de cursos é oferecido nessa modalidade de ensino.
Existem várias tipos de cursos online. Entre eles há aqueles em que são disponibilizados materiais online aos alunos como animações, vídeos e textos nos quais ele se baseia para realizar as atividades. Outros já dispõem de um número bem maior de recursos e existe ainda que de forma limitada o contato com outros alunos e com os professores-tutores. Porém a grande maioria dos cursos online ainda estão centrados no material didático disponibilizado e nas atividades, onde a interação entre aluno e professor é mínima ou quase nula.
Uma das vantagens da maioria dos cursos online é a flexibilidade que os alunos têm para desenvolver as atividades. Neste tipo de curso o aluno tem a possibilidade de criar e administrar seus estudos, ou seja, eles não têm que exclusivamente dedicar os mesmos horários para estudar. Outra vantagem é que aluno pode estar em qualquer lugar com acesso a internet, para poder acessar seus cursos e não exclusivamente em um ambiente fechado.
Nos últimos anos tem havido esforços no intuito de melhorar a qualidade da aprendizagem nos cursos online. Uma das mudanças está ligada ao estudo que têm sido baseado numa aprendizagem significativa e não somente em uma grade de conteúdos. Tem se pensado no aluno ao elaborar os cursos, pois apesar de ser online, existem pessoas por trás das máquinas, que tem necessidades e sentimentos.
Atualmente os projetos dos ambientes de aprendizagem têm pensados de forma que o aluno possa construir o seu aprendizado em parceria com professores e os outros alunos de forma interativa e participativa. Ou seja, tem-se buscado construir um sistema de aprendizagem colaborativa.
Dentre as vantagens do ensino online estão: flexibilidade, autonomia de aprendizagem, ou seja, o aluno é responsável pela sua aprendizagem, facilidade de acesso, permite troca de experiências, acesso a uma grande variedade de recursos, permite atender um maior número de alunos sem a necessidade de se construir uma estrutura física gigantesca para isto e, portanto é mais democrática.
Como desvantagens podemos citar a dificuldade por parte da pessoa em organizar seus estudos, dificuldade de saber trabalhar com a ferramenta (o computador) e com os ambientes de aprendizagem, dificuldade na relação entre professor e aluno, o que inclusive é uma das causas de muitas desistências deste tipo de curso.
Uma das características mais marcantes deste tipo de curso é que o aluno precisa ter força de vontade e maturidade para dar continuidade aos estudos, pois se engana que pensa que o curso a distância não depende de dedicação e organização. Muito pelo contrário por ser à distância o aluno precisa de muita dedicação e pontualidade no desenvolvimento das atividades, pois caso contrário ele não terá sucesso na sua aprendizagem.
Moran diz que dependemos não só de tecnologias, mas principalmente de gerenciamento emocional e organizacional, pois uma das maiores dificuldades de aprendizagem se deve a isso. A aprendizagem não acontece somente com o uso da tecnologia, é necessário que os agentes envolvidos neste processo desde os gestores até os alunos sejam pessoas maduras tanto intelectual quanto emocionalmente.

Referências:
·         CORTELAZZO, Iolanda B.C. PEDAGOGIA E AS NOVAS TECNOLOGIAS. Programa de Mestrado em Educação, Universidade Tuiuti do Paraná.
·         MORAN, José Manuel. TENDÊNCIAS DA EDUCAÇÃO ONLINE NO BRASIL. Rio de Janeiro.  Editora Qualiymark, 2005.

domingo, 15 de maio de 2011

Aprendizagem em EaD

A aprendizagem no ensino a distância pode ser tornar  bastante significativa para o educando, quando esta é capaz de realizar alguma mudança na vida dessa pessoa. Essa mudança pode ser na sua vida profissional ou mesmo em sua vida pessoal.
O que aprendemos precisa ter um significado, pois não adianta acumularmos conhecimento se este não tem nenhuma serventia para nossas vidas. No ensino a distância isso não poderia ser diferente.
O artigo a seguir e bastante interessante e fala sobre a aprendizagem no Ensino a Distância.

Iris




Aprendizagem em EaD

A Educação a Distância (EAD) é considerada, segundo o decreto Decreto-Lei n° 2.494, de 10/2/1998 como, “uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursosdidáticos sistematicamente organizados (...)”. A legislação em EAD, atual, mostra avanços significativos, mas não temos a intenção de acompanhar o crescimento histórico da presente modalidade de ensino, e sim, perceber através, de práticas uma superação de valores, atitudes dando significado ao fazer Educação a Distância. 


O cenário atual da EAD vem passando por transformações a partir de um contexto de mudanças de valores, em que a diversidade cultural é presente, tendo um significado maior em sua contextualização, de saberes e conhecimentos, assumindo um papel importante na sociedade vigente, na qual a globalização gera uma necessidade de comunicação e informação sem fronteiras. 



A sociedade vigente caracterizada pela seletividade e dualismo pode restringir a EAD em vários pontos, que por uma legislação específica, podemos entendê-la como meio para inclusão, na qual visa a partir de um espaço interativo, troca de saberes em que deve ser potencializada competências que possam garantir a formação de um cidadão atuante na presente sociedade. Portanto devemos construir parcerias a partir de uma discussão, que norteiem um fazer EAD comprometido com suas reais necessidades, as quais venham legitimar sua prática. 



Em âmbito geral, levando em consideração as mudanças que vêem acontecendo em nossa sociedade, podemos entender a EAD como uma modalidade de ensino que tem suas peculiaridades, na qual sua proposta pedagógica deverá ser rediscutida no que se refere à modalidade à distância, em que seu referencial de fazer educação não seja, parcialmente, anulado. 



[...]



Consideramos as atividades presenciais na EAD como complemento de um processo de ensino-aprendizagem, na qual não deverá ser tida como prioridade para avaliar, porém somada as diferentes realidades em que a EAD se apresenta. 



Sabemos que sua proposta é significativa no que diz respeito a fazer educação de forma efetiva. Mesmo de forma consciente, autônoma, interativa, comprometida com a formação continuada, na qual dará oportunidade a sociedade um espaço de formação, de troca e meio à inclusão para uma educação para todos, encontramos distorções que inviabilizam o processo educacional à distância. 



[...] 



As questões importantes, levantadas no presente artigo, sobre tal tema, podem ser consideradas como caminho para uma educação inovadora a partir de uma roupagem caracterizada pela interatividade e não-linearidade, em que se apresenta não como saída para uma educação de qualidade, mas complementar a que temos, modalidade presencial, para uma educação justa. 



De acordo com Litwin (2001), a EAD é considerada como uma modalidade de ensino com características específicas, caracterizando-se pela utilização de uma multiplicidade de recursos pedagógicos, objetivando a construção do conhecimento, na qual apresenta excelentes possibilidades da modalidade para a educação permanente. 
O primeiro ponto que discutiremos é a mediação como princípio educacional que requer superação de limitações, as quais surgem a partir de desafios inerentes ao meio. Os desafios se apresentam com um significado pertinente a construção da aprendizagem, surgem num espaço de desequilíbrio, nos quais expectativas são afloradas desencadeando necessidades para a atuação de um indivíduo, quer flexível. Os termos mediação e desafio estão relacionados ao que se refere às potencialidades necessárias à superação de entraves que possam surgir ao nos depararmos num mundo de transformações constantes. 



A mediação surge como meio viável à intervenção necessária para propiciar credibilidade ao ousar no desconhecido. O mediador deve está preparado para proporcionar um ambiente de desequilíbrio à realidade do indivíduo sem subestimá-lo, percebendo a partir de um diagnóstico prévio suas reais necessidades. 



O processo de ensino aprendizagem quer presencial ou à distância requer um espaço interativo, confiável, onde a reciprocidade na construção do conhecimento é fundamental. Considerando a mediação enquanto princípio educativo, podemos viabilizar o processo no que se refere a sua potencialidade. A mediação como princípio educacional vem resignificar a prática docente, em particular, na EAD a presença de um espaço de mediações promove as competências do tutor a um significado de valores inerente a sua atuação. 



Um outro ponto é a abordagem de aprendizagem, de acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias comportamentais “... são teorias calcadas nas características de indivíduos ou de espécies de indivíduos, e que dão pouquíssima ou nenhuma atenção às condições sócioculturais de vida desses mesmos indivíduos. O núcleo comum dessas teorias é a ênfase dada aos comportamentos modificados, se bem que as suas formas de obtenção sejam peculiares a cada um”. 



Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Pavlov, Skinner e Bandura no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para exemplificarmos se há aprendizagens que podem ser explicadas através da abordagem comportamental e se há outras que não podem. 



Ivan Pavlov fundamenta sua teoria por meio do estímulo condicionado, a aquisição se dá pelo condicionamento respondente; a retenção é fraca e a transferência é tida como ponto negativo em sua teoria, não há aprendizagem significativa, conhecida como condicionamento clássico. 



Skinner fundamenta sua teoria por meio do condicionado operante, a aquisição é fácil e rápida; a retenção não é forte e a transferência é pouco presente. O reforço é uma característica fundamental. 



Albert Bandura fundamenta sua teoria por meio do condicionado social, a aquisição se faz de modo indireto; a retenção não é muito grande e a transferência será reduzida, conhecida como aprendizagem vicariante. 



Diante da apreciação feita acima acerca da construção do conhecimento, segundo os principais nomes das teorias comportamentais, há aprendizagens que podem ser explicadas a partir do condicionamento, ponto chave para fundamentação nas presentes teorias. Um exemplo clássico é o uso de códigos para se comunicar, usamos símbolos fictícios que constituam o nosso alfabeto, o reforço é fundamental para que possamos fixar e/ou apreender, com um tempo sem reforço será inevitável esquecer, fazendo uma analogia à simbologia matemática, a interação se faz presente através da contextualização e dos requisitos inerente a potencialidades ao que se refere o conhecimento matemático, características das teorias cognitivas. 



De acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias cognitivas “... se caracterizam por apresentar a aprendizagem como resultante de um processo de construção”. 



Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Gestalt, Jean Piaget, Jerome Bruner, Lev Vygotsky e Howard Gardner no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para destacarmos aspectos das abordagens de aprendizagem que são úteis na prática do professor/tutor. 



Gestalt fundamenta sua teoria na percepção, a aquisição, ou seja, a aprendizagem ocorre por meio de relações estruturadas; a retenção, como a aprendizagem é conservada, se dá pela observação da permanência e na sua reutilização, e a transferência possibilita uma comunicação entre diversas estruturas anteriores e as novas situações. 



Jean Piaget fundamenta sua teoria por meio da interação do sujeito (homem) com o objeto (meio-físico-social), a aquisição está relacionada com processo de equilibração; a retenção considera o inconsciente cognitivo e a transferência considera as suas aprendizagens anteriores, a partir de novas situações. 



Jerome Bruner fundamenta sua teoria por meio da intuição, a aquisição está relacionada com a percepção; a retenção, com a disponibilidade do conteúdo intuído a uma categoria para sua utilização e a transferência a partir de novas intuições. 



Lev Vygotsky, apresenta uma teoria psicológica sóciocultural do desenvolvimento, a aquisição acontece por meio da mediação simbólica; a retenção confere a cada conteúdo um significado e a transferência é uma constante. 



A abordagem sóciocultural enfatiza aspectos sócios-políticos-culturais, tendo forte vínculo com a cultura popular. Todos os seres humanos são homens concretos, situados no tempo e no espaço, inseridos num contexto histórico. 



O homem chegará a ser sujeito através da reflexão sobre seu ambiente concreto, quanto mais ele reflete sobre a sua própria condição concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la.

Especialista em Educação a Distância (SENAC)
Colunista Brasil Escola

domingo, 8 de maio de 2011

Preconceito na EAD


Preconceito do EAD
Ensino a distância (EAD) não é uma novidade do século XXI.
28/04/2009 - 08:14
Ensino a distância (EAD) não é uma novidade do século XXI. Muitos anos atrás já existiam os famosos cursos por correspondência, embora nunca cheguei a conhecer alguém que tivesse feito. Mais conhecido, principalmente para os que acordam cedo, é o Telecurso 2000, um programa que passa na Rede Globo e tem como objetivo ensinar matérias do ensino fundamental e do segundo grau.

Depois do surgimento da internet, foi criada mais nova modalidade de ensino a distância. Esta nova forma de ensinar utiliza o computador, o acesso à rede, recursos multimídia e uma fácil interação entre os participantes para  conseguir fazer chegar o conteúdo ao aluno. Esta nova modalidade de ensino a distância é a que ficou mais popular pois os recursos utilizados conseguem, em alguns casos, ser melhores que aulas presenciais.

As universidades adotaram fortemente o EAD nos últimos anos. Basta dar uma rápida olhada nos buscadores e encontraremos centenas de cursos disponíveis dos mais variados temas. Entretanto, um enorme preconceito ainda existe para com o EAD. As perguntas são sempre as mesmas: será que o curso é sério? Será que o material é de qualidade? Será que vou conseguir aprender? Porém, são perguntas que todos deveriam fazer também para os cursos presenciais. A diferença entre um curso a distância e um curso um curso presencial resume-se a forma de acesso ao professor. Dessa forma, universidades com aulas presenciais fracas provavelmente terão EAD de uma menor qualidade.

Para derrubar ainda mais o preconceito contra o EAD, foram cruzados dados do Enade de ensino a distância e de ensino tradicional. Para grande surpresa de todos, os alunos de EAD se saem melhor do que alunos do ensino tradicional. Embora pareça contraditório, faz todo sentido. Sempre defendi a ideia que a gente só consegue realmente entender algum assunto quando temos que aprender para ensinar. Isto implica em que não podemos ser passivos em relação ao assunto que está sendo aprendido. Entretanto, no ensino tradicional é exatamente assim que funciona: o professor explica e o aluno escuta. Na maioria dos casos não existe muita interatividade na aula. Por outro lado, no ensino a distância o aluno tem uma responsabilidade maior pelo seu aprendizado. O aluno tem uma séria de atividades a cumprir, deve estudar o assunto, tem que escrever em foruns, deve realizar pesquisas complementares, interagir com o professor, enfim, o aluno é obrigado a tornar-se participativo. Na verdade, ter alunos que participem e estejam interessados na aula é o sonho de todo professor de aulas presenciais.

É claro que tem cursos e alunos ruins de EAD, mas isso não é muito diferente dos cursos presenciais. Cabe as universidades e aos alunos levar o EAD a sério para conseguir chegar aos resultados esperados. O EAD com as tecnologias atuais é um recurso muito poderoso de ensino para poder deixá-lo em segundo plano.


Fonte: http://www.infonet.com.br/andres_menendez/ler.asp?id=85009&titulo=andres_menendez

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vantagens e Desvantagens da Educação à Distância no Brasil


As vantagens da educação à distância, são :
☺Alternativa aos problemas sócio-econômicos da educação
☺Reforço da aprendizagem continuada
☺Indução ao autodidatismo e autonomia na aprendizagem
☺Mais economia
Todo esse conjunto de vantagens, favorecem à educação nacional, proporcionando a formação de indivíduos mais interessados no seu desenvolvimento pessoal e na sua contribuição com a sociedade. Alías, atualmente, é uma exigência do mundo globalizado, o desenvolvimento das competências individuais, principalmente no âmbito intelectual e da informática, visto que a informatização é utilizada em escala mundial. Além dos conhecimentos didáticos,o aluno adquiri autonomia, pois ele será responsável por seu desenvolvimento, muito mais que no ensino presencial, e também há o reforço da aprendizagem continuada, pois aprender é um exercício constante.

As Desvantagens:
☻algumas aulas presenciais, o que inviabiliza o estudo para algumas pessoas
☻qualidade dos conteúdos programáticos e algumas instituições
☻ Desvalorização das certificações
☻ Descontextualização
☻ Evasão dos cursos entre 60% e 90%

A presença para a realização de provas precisa ser desconsiderada, é necessário deixar o preconceito e principalmente as instituições assumirem que essa é uma forma educativa sim. Se houverem “pormenores”, haverá a inviabilização do estudo para algumas pessoas,que devido a falta de tempo para freqüenta-lo se evadirão do curso.
Qualidade, é a proposta da Ldb, sendo assim os meios governamentais, deverão fiscalizar as entidades que aproveitam-se da ”onda” e colocam cursos, sem interesse pedagógico e muito caros no mercado.
Ainda no Brasil, há um preconceito em relação ás novas concepções pedagógicas, leia-se, com auxílio da informática em um contexto moderno, onde informação faz parte do “capital” do ser humano, do seu valor social.
O curso de ead, assim como qualquer outro, precisa verificar a realidade do aluno, é necessário questionar o mesmo, no intuito de saber, o seu grau cognitivo.
A ABED (Associação Brasileira de Educação à Distância) verificou que na América do Sul a evasão da ead especificamente ocorre porque em outras regiões essa alternativa educativa é amplamente divulgada, além de ter um investimento maior que nos países latinos.
Essa evasão é devido á qualidade dos cursos, a desvalorização do mercado em relação aos certificados e a falta de motivação do aluno.
Somente quando as pessoas conscientizarem-se da importância de sua atitude pessoal em relação á aquisição de conhecimento aliada ás tecnologias, é que a ead terá uma procura e valorização maior.
Bibliografia:
LDB fácil, CARNEIRO, Moaci Alves,Vozes, Petrópolis 2003
Seed- Secretaria de Educação á Distância http://portal.mec.gov.br/seed/
ABED-Associação Brasileira de Educação à Distância
http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home&UserActiveTemplate=4abed

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desafios da Educação à Distância

Os Desafios da Educação à Distância

O debate sobre educação à distância anda em alta atualmente. Mas a discussão vai além do objetivo único de transpor a barreira do espaço/tempo.

Além da questão espaço/tempo, o desafio agora é utilizar as novas tecnologias para criar interfaces que estimulem o aprendizado, permitindo o surgimento de uma nova estrutura de educação, transmissão de informação e relacionamento entre educador/educando.

A utilização das novas tecnologias pelo educador deve ampliar e diversificar a maneira de transmitir o conhecimento, estimulando o aprendizado e servindo também como ferramenta para o educando na busca pela informação.

Michael Dertouzos (1), diretor do Laboratório de Ciência da Computação do MIT (Massachusetts Institute of Technology), escreveu em seu livro “O Que Será” (1997): “O novo mundo da informação rompe com esse padrão de contribuições indiretas. Ele está diretamente vinculado às questões centrais da educação, na aquisição, organização e transmissão de informações, bem como na simulação de processos que representam o conhecimento e na utilização de instrumentos como e-mail e trabalho em grupo, para mediar as relações entre alunos e professores, e dos alunos entre si. Sendo assim, trata-se da primeira revolução socioeconômica importante da história a oferecer tecnologias diretamente ligadas ao processo de aprendizado.”.

As primeiras experiências em educação à distância no Brasil surgiram algumas décadas atrás com os cursos via correio. Apesar do sucesso que tiveram - por isso resistem até hoje - não são bem vistos por muitos; devido à pouca interatividade existente, obrigando o educando a basear seus estudos apenas em infinitas apostilas que chegam periodicamente pelo correio.

Posteriormente surgiram novos formatos utilizando a televisão e também o rádio, mas nenhuma delas conseguiu eliminar a monotonia da falta de interatividade.

A partir de 1995, com a chegada da Internet no Brasil, a educação à distância começou a se desenvolver novamente, e ano após ano surgiram novos formatos e aplicações, acompanhando o desenvolvimento da própria internet.

Nos últimos anos vimos importantes instituições de ensino americanas lançarem seus “cursos virtuais”, e o mesmo começa a ocorrer no Brasil.

Na área empresarial o “e-learning” já é realidade em muitas empresas brasileiras. Empresas como Itaú, Embratel, Natura e Hering, por exemplo, já realizam treinamentos on-line através de um sistema de “e-learning”. Em uma pesquisa realizada pela revista “Info” em março de 2002 (2), 45% das empresas que responderam afirmaram promover treinamentos on-line.

Hoje a possibilidade de conexões mais rápidas e permanentes viabilizou a utilização de softwares para conferência on-line, uma ferramenta importante para a educação à distância, pois a possibilidade de visualizar a outra pessoa garante ao usuário que nem todo o processo da educação à distância é automatizado e que seu contato é feito somente com “máquinas”.

O estereótipo de uma “aula ideal”, onde um professor é posto à frente de uma sala com dezenas de alunos deve acabar. Não é esta “sala de aula” que irá acabar, mas sim a sua importância. Ou seja, além desta sala, o educando terá outras formas de entrar em contato com seu educador, ou pelo menos, com o material que ele deixou à sua disposição, e é aqui onde o fator tempo/espaço volta a aparecer. O computador passa a ser um elemento importante de comunicação com o educador que por sua vez poderá utilizá-lo para complementar o material exposto em sala de aula.

Bill Gates (3), em seu livro “A Estrada do Futuro” (1995), inicia seu capítulo sobre “educação” da seguinte forma: “Os grandes educadores sempre souberam que aprender não é algo que você faz apenas na sala de aula ou sob a supervisão de professores. Hoje, é por vezes difícil para quem quer satisfazer sua curiosidade ou resolver suas dúvidas encontrar a informação apropriada. A estrada dará a todos nós acesso a informações aparentemente ilimitadas, a qualquer momento e em qualquer lugar que queiramos. É uma perspectiva animadora porque colocar essa tecnologia a serviço da educação resultará em benefício para toda a sociedade.”.

Novos desafios poderão ser lançados ao educando, sem a necessidade da sua presença física, bem como seu desenvolvimento e apresentação dos resultados obtidos. E nesse ponto, a internet será uma importante ferramenta de comunicação. Dentre as principais aplicações, duas merecem destaque:

- WEB - O principal recurso onde o educador pode fazer uso da multimídia e do hipertexto para transmitir a informação. O educador poderá oferecer seu material didático apenas para determinados usuários ou aberto a todo o público. Podem ser aplicados testes virtuais, apresentar vídeos ou realizar conversas on-line; em grupo ou individuais.

- Lista de Discussão - Através do e-mail um grupo de educandos pode trocar informações entre si, anexar documentos e links. O educador poderá propor discussões em grupo, onde cada educando pode interferir e dar sua opinião no momento que melhor lhe convier, acabando com a necessidade de reunir todo o grupo em um determinado local para a realização de um debate.

Já estão surgindo no mercado outras ferramentas específicas para atender as necessidades do ensino à distância, baseadas nas principais formas de comunicação oferecidas pela internet (web, e-mail, chat, etc).

A crescente utilização das novas tecnologias de comunicação proporciona uma modificação na relação entre educador/educando. O estigma de “detentor de toda a verdade” do educador dá espaço a uma postura menos centralizadora. Ganha importância a função do educador de servir como um intermediário na busca do educando pelo conhecimento. Ele irá indicar os caminhos, propor os desafios e ajudá-lo a alcançar seu objetivo.

Em 1997, Pierre Lévy (4), escreveu o livro “Cibercultura” onde diz: “... a principal função do professor não pode mais ser uma difusão dos conhecimentos, que agora é feita de forma mais eficaz por outros meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a aprendizagem e o pensamento. O professor torna-se um animador da inteligência coletiva dos grupos que estão a seu encargo. Sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: o incitamento à troca dos saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem etc.”.

A velocidade com que surgem novos conhecimentos cresce a cada dia. Não só na tecnologia ou na medicina, mas em todas as áreas do conhecimento. É praticamente impossível para a área da educação acompanhar o ritmo frenético que temos hoje. O conteúdo de muitos cursos necessita de constante atualização.

Neste contexto, o educador recebe a “missão” de ensinar ao educando a distinguir uma informação relevante em meio ao grande volume de conhecimento ao qual está exposto. Saber assimilar a informação certa, e no momento correto, saber descartá-la.

Apesar dos avanços que as novas tecnologias estão proporcionando à educação, não podemos esquecer que elas são somente ferramentas para a transmissão da informação. Devemos sempre lembrar que o centro das atenções é o ser humano, o educando, pois é este quem vai assimilar as novas informações adquiridas e transformá-las em conhecimento tácito. Marc J. Rosemberg (5) faz um comentário sobre o uso das novas tecnologias na arquitetura do aprendizado em seu livro “e-Learning”: “Com o potencial do e-learning, pode ser fácil rejeitar o treinamento tradicional em sala de aula como completamente antiquado, sem valor. Embora o e-learning tenha muito com que contribuir, ele não significa o final do aprendizado em sala de aula. Na realidade, o aprendizado em sala de aula desempenhará papel exclusivo dentro de uma arquitetura de aprendizado, mas será um papel diferente do que desempenhava no passado. Interações dos grupos, soluções de problemas da empresa, avaliações de desempenho, observação de peritos, criação de cultura e trabalho em equipe são todos atributos vitais de um sistema de aprendizado global que, em muitos casos, ainda é mais adequado para experiências em sala de aula.”.

O Consultor Mundial de Performance para a Lucent Technologies, Fernando O. Lima (6), no livro “A Sociedade Digital” (2000) afirma: “Isto não significa, como os apologistas do caos poderiam imaginar, que estaríamos profetizando um processo educativo anárquico (no sentido pejorativo e não-filosófico do termo) sem o mínimo de estruturação orientadora. Ao contrário, compreendemos que a prática pedagógica/andragógica é, inevitavelmente, uma determinação de parâmetros e de balizadores que auxiliam a caminhada dos indivíduos dentro de leques de opções cada vez mais amplos que a sociedade oferece.”. Fernando completa: “Só se pode obter uma mudança na prática educativa libertando-se dos grilhões que o conteúdo impõe à educação, do tratamento massificado da educação e, principalmente, da ditadura e do arcaísmo de uma postura educacional tendo como base o magister dix que coloca nas mãos dos professores/treinadores a responsabilidade pelo processo comunicacional que faz parte desta relação. Para realizar essa mudança de enfoque, é necessário que se atue na mudança de mentalidade dos educadores/treinadores e, concomitantemente, se desenvolva uma ferramenta didática que possa vencer a contradição histórica entre o conceito de educação de massa e atendimento individual ao aluno.”.

Apesar desta nova condição educacional ser iminente, há ainda uma importante barreira a ser ultrapassada: adequar os educadores a esta nova estrutura educacional. A grande maioria dos educadores não está preparada para esta nova realidade, a começar pelo fato que está intrínseco nessa realidade: o conhecimento das novas tecnologias, ou seja, a plena interação com a informática.

Muitos dos educadores não pertencem à geração da informática. E seu conhecimento torna-se essencial na produção de aulas interativas e que façam uso da multimídia. Durante muitos anos o educador precisou apenas de um giz e uma lousa para apresentar sua aula; hoje praticamente todos já fazem uso de transparências e do retroprojetor. Não está distante o dia em que projetores multimídia e até mesmo o notebook serão equipamentos oferecidos pelas instituições educacionais para que os educadores possam apresentar suas aulas.

As instituições de ensino precisam incentivar e estimular o educador a fazer uso das novas tecnologias. Apesar da sua estrutura e material de aula terem obtido resultados positivos durante anos, é importante lembrar que o educando de hoje não é mais como o de antigamente.


(1) DERTOUZOUS, Michael. O Que Será. São Paulo: Cia. Das Letras, 1a edição, 1997.
(2) “Na Era dos Pentabytes”. Revista INFO, abril/2002. Editora ABRIL.
(3) GATES, Bill. A Estrada Do Futuro.São Paulo: Ed. Cia das Letras, 1a edição, 1995.
(4) LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1a edição, 1999.
(5) ROSENBERG, Marc J.. e-Learning. São Paulo: Ed. Makron Books, 2002
(6) LIMA, Frederico O. A Sociedade Digital. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 2000.




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Éric Eroi Messa é Professor da Faculdade de Comunicação - Publicidade e Propaganda – FACOM/FAAP e do MBA Profissional - Master em Tecnologia Educacional – CECUR/FAAP. É sócio-diretor da High Performance - Marketing Interativo. E-mail: eric.eroi@messa.com.br


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"Os Desafios da Educação à Distância”, Revista Qualimetria, São Paulo: FAAP/DVS Editora, núm:129, ano XIV, pág.:41, 05/2002.

Educação a Distância no Brasil


O vídeo acima mostra como está o panorama da educação a distância no Brasil. Vale a pena conferir! 

Uma breve retrospectiva de como foi o início do ensino a distância.

Os tipos de cursos a distância, desde os cursos oferecidos pelo Instituto Monitor que foi o pioneiro em EaD até os dias atuais.

O histórico da EaD no Brasil. 

O que é Educação a Distância?

O que é educação a distância (*)





jmmoran@usp.br





Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.
Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância.
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.


Bibliografia:
  • LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
  • LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
  • NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.
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