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domingo, 15 de maio de 2011

Aprendizagem em EaD

A aprendizagem no ensino a distância pode ser tornar  bastante significativa para o educando, quando esta é capaz de realizar alguma mudança na vida dessa pessoa. Essa mudança pode ser na sua vida profissional ou mesmo em sua vida pessoal.
O que aprendemos precisa ter um significado, pois não adianta acumularmos conhecimento se este não tem nenhuma serventia para nossas vidas. No ensino a distância isso não poderia ser diferente.
O artigo a seguir e bastante interessante e fala sobre a aprendizagem no Ensino a Distância.

Iris




Aprendizagem em EaD

A Educação a Distância (EAD) é considerada, segundo o decreto Decreto-Lei n° 2.494, de 10/2/1998 como, “uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursosdidáticos sistematicamente organizados (...)”. A legislação em EAD, atual, mostra avanços significativos, mas não temos a intenção de acompanhar o crescimento histórico da presente modalidade de ensino, e sim, perceber através, de práticas uma superação de valores, atitudes dando significado ao fazer Educação a Distância. 


O cenário atual da EAD vem passando por transformações a partir de um contexto de mudanças de valores, em que a diversidade cultural é presente, tendo um significado maior em sua contextualização, de saberes e conhecimentos, assumindo um papel importante na sociedade vigente, na qual a globalização gera uma necessidade de comunicação e informação sem fronteiras. 



A sociedade vigente caracterizada pela seletividade e dualismo pode restringir a EAD em vários pontos, que por uma legislação específica, podemos entendê-la como meio para inclusão, na qual visa a partir de um espaço interativo, troca de saberes em que deve ser potencializada competências que possam garantir a formação de um cidadão atuante na presente sociedade. Portanto devemos construir parcerias a partir de uma discussão, que norteiem um fazer EAD comprometido com suas reais necessidades, as quais venham legitimar sua prática. 



Em âmbito geral, levando em consideração as mudanças que vêem acontecendo em nossa sociedade, podemos entender a EAD como uma modalidade de ensino que tem suas peculiaridades, na qual sua proposta pedagógica deverá ser rediscutida no que se refere à modalidade à distância, em que seu referencial de fazer educação não seja, parcialmente, anulado. 



[...]



Consideramos as atividades presenciais na EAD como complemento de um processo de ensino-aprendizagem, na qual não deverá ser tida como prioridade para avaliar, porém somada as diferentes realidades em que a EAD se apresenta. 



Sabemos que sua proposta é significativa no que diz respeito a fazer educação de forma efetiva. Mesmo de forma consciente, autônoma, interativa, comprometida com a formação continuada, na qual dará oportunidade a sociedade um espaço de formação, de troca e meio à inclusão para uma educação para todos, encontramos distorções que inviabilizam o processo educacional à distância. 



[...] 



As questões importantes, levantadas no presente artigo, sobre tal tema, podem ser consideradas como caminho para uma educação inovadora a partir de uma roupagem caracterizada pela interatividade e não-linearidade, em que se apresenta não como saída para uma educação de qualidade, mas complementar a que temos, modalidade presencial, para uma educação justa. 



De acordo com Litwin (2001), a EAD é considerada como uma modalidade de ensino com características específicas, caracterizando-se pela utilização de uma multiplicidade de recursos pedagógicos, objetivando a construção do conhecimento, na qual apresenta excelentes possibilidades da modalidade para a educação permanente. 
O primeiro ponto que discutiremos é a mediação como princípio educacional que requer superação de limitações, as quais surgem a partir de desafios inerentes ao meio. Os desafios se apresentam com um significado pertinente a construção da aprendizagem, surgem num espaço de desequilíbrio, nos quais expectativas são afloradas desencadeando necessidades para a atuação de um indivíduo, quer flexível. Os termos mediação e desafio estão relacionados ao que se refere às potencialidades necessárias à superação de entraves que possam surgir ao nos depararmos num mundo de transformações constantes. 



A mediação surge como meio viável à intervenção necessária para propiciar credibilidade ao ousar no desconhecido. O mediador deve está preparado para proporcionar um ambiente de desequilíbrio à realidade do indivíduo sem subestimá-lo, percebendo a partir de um diagnóstico prévio suas reais necessidades. 



O processo de ensino aprendizagem quer presencial ou à distância requer um espaço interativo, confiável, onde a reciprocidade na construção do conhecimento é fundamental. Considerando a mediação enquanto princípio educativo, podemos viabilizar o processo no que se refere a sua potencialidade. A mediação como princípio educacional vem resignificar a prática docente, em particular, na EAD a presença de um espaço de mediações promove as competências do tutor a um significado de valores inerente a sua atuação. 



Um outro ponto é a abordagem de aprendizagem, de acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias comportamentais “... são teorias calcadas nas características de indivíduos ou de espécies de indivíduos, e que dão pouquíssima ou nenhuma atenção às condições sócioculturais de vida desses mesmos indivíduos. O núcleo comum dessas teorias é a ênfase dada aos comportamentos modificados, se bem que as suas formas de obtenção sejam peculiares a cada um”. 



Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Pavlov, Skinner e Bandura no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para exemplificarmos se há aprendizagens que podem ser explicadas através da abordagem comportamental e se há outras que não podem. 



Ivan Pavlov fundamenta sua teoria por meio do estímulo condicionado, a aquisição se dá pelo condicionamento respondente; a retenção é fraca e a transferência é tida como ponto negativo em sua teoria, não há aprendizagem significativa, conhecida como condicionamento clássico. 



Skinner fundamenta sua teoria por meio do condicionado operante, a aquisição é fácil e rápida; a retenção não é forte e a transferência é pouco presente. O reforço é uma característica fundamental. 



Albert Bandura fundamenta sua teoria por meio do condicionado social, a aquisição se faz de modo indireto; a retenção não é muito grande e a transferência será reduzida, conhecida como aprendizagem vicariante. 



Diante da apreciação feita acima acerca da construção do conhecimento, segundo os principais nomes das teorias comportamentais, há aprendizagens que podem ser explicadas a partir do condicionamento, ponto chave para fundamentação nas presentes teorias. Um exemplo clássico é o uso de códigos para se comunicar, usamos símbolos fictícios que constituam o nosso alfabeto, o reforço é fundamental para que possamos fixar e/ou apreender, com um tempo sem reforço será inevitável esquecer, fazendo uma analogia à simbologia matemática, a interação se faz presente através da contextualização e dos requisitos inerente a potencialidades ao que se refere o conhecimento matemático, características das teorias cognitivas. 



De acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias cognitivas “... se caracterizam por apresentar a aprendizagem como resultante de um processo de construção”. 



Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Gestalt, Jean Piaget, Jerome Bruner, Lev Vygotsky e Howard Gardner no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para destacarmos aspectos das abordagens de aprendizagem que são úteis na prática do professor/tutor. 



Gestalt fundamenta sua teoria na percepção, a aquisição, ou seja, a aprendizagem ocorre por meio de relações estruturadas; a retenção, como a aprendizagem é conservada, se dá pela observação da permanência e na sua reutilização, e a transferência possibilita uma comunicação entre diversas estruturas anteriores e as novas situações. 



Jean Piaget fundamenta sua teoria por meio da interação do sujeito (homem) com o objeto (meio-físico-social), a aquisição está relacionada com processo de equilibração; a retenção considera o inconsciente cognitivo e a transferência considera as suas aprendizagens anteriores, a partir de novas situações. 



Jerome Bruner fundamenta sua teoria por meio da intuição, a aquisição está relacionada com a percepção; a retenção, com a disponibilidade do conteúdo intuído a uma categoria para sua utilização e a transferência a partir de novas intuições. 



Lev Vygotsky, apresenta uma teoria psicológica sóciocultural do desenvolvimento, a aquisição acontece por meio da mediação simbólica; a retenção confere a cada conteúdo um significado e a transferência é uma constante. 



A abordagem sóciocultural enfatiza aspectos sócios-políticos-culturais, tendo forte vínculo com a cultura popular. Todos os seres humanos são homens concretos, situados no tempo e no espaço, inseridos num contexto histórico. 



O homem chegará a ser sujeito através da reflexão sobre seu ambiente concreto, quanto mais ele reflete sobre a sua própria condição concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la.

Especialista em Educação a Distância (SENAC)
Colunista Brasil Escola

domingo, 8 de maio de 2011

Preconceito na EAD


Preconceito do EAD
Ensino a distância (EAD) não é uma novidade do século XXI.
28/04/2009 - 08:14
Ensino a distância (EAD) não é uma novidade do século XXI. Muitos anos atrás já existiam os famosos cursos por correspondência, embora nunca cheguei a conhecer alguém que tivesse feito. Mais conhecido, principalmente para os que acordam cedo, é o Telecurso 2000, um programa que passa na Rede Globo e tem como objetivo ensinar matérias do ensino fundamental e do segundo grau.

Depois do surgimento da internet, foi criada mais nova modalidade de ensino a distância. Esta nova forma de ensinar utiliza o computador, o acesso à rede, recursos multimídia e uma fácil interação entre os participantes para  conseguir fazer chegar o conteúdo ao aluno. Esta nova modalidade de ensino a distância é a que ficou mais popular pois os recursos utilizados conseguem, em alguns casos, ser melhores que aulas presenciais.

As universidades adotaram fortemente o EAD nos últimos anos. Basta dar uma rápida olhada nos buscadores e encontraremos centenas de cursos disponíveis dos mais variados temas. Entretanto, um enorme preconceito ainda existe para com o EAD. As perguntas são sempre as mesmas: será que o curso é sério? Será que o material é de qualidade? Será que vou conseguir aprender? Porém, são perguntas que todos deveriam fazer também para os cursos presenciais. A diferença entre um curso a distância e um curso um curso presencial resume-se a forma de acesso ao professor. Dessa forma, universidades com aulas presenciais fracas provavelmente terão EAD de uma menor qualidade.

Para derrubar ainda mais o preconceito contra o EAD, foram cruzados dados do Enade de ensino a distância e de ensino tradicional. Para grande surpresa de todos, os alunos de EAD se saem melhor do que alunos do ensino tradicional. Embora pareça contraditório, faz todo sentido. Sempre defendi a ideia que a gente só consegue realmente entender algum assunto quando temos que aprender para ensinar. Isto implica em que não podemos ser passivos em relação ao assunto que está sendo aprendido. Entretanto, no ensino tradicional é exatamente assim que funciona: o professor explica e o aluno escuta. Na maioria dos casos não existe muita interatividade na aula. Por outro lado, no ensino a distância o aluno tem uma responsabilidade maior pelo seu aprendizado. O aluno tem uma séria de atividades a cumprir, deve estudar o assunto, tem que escrever em foruns, deve realizar pesquisas complementares, interagir com o professor, enfim, o aluno é obrigado a tornar-se participativo. Na verdade, ter alunos que participem e estejam interessados na aula é o sonho de todo professor de aulas presenciais.

É claro que tem cursos e alunos ruins de EAD, mas isso não é muito diferente dos cursos presenciais. Cabe as universidades e aos alunos levar o EAD a sério para conseguir chegar aos resultados esperados. O EAD com as tecnologias atuais é um recurso muito poderoso de ensino para poder deixá-lo em segundo plano.


Fonte: http://www.infonet.com.br/andres_menendez/ler.asp?id=85009&titulo=andres_menendez

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vantagens e Desvantagens da Educação à Distância no Brasil


As vantagens da educação à distância, são :
☺Alternativa aos problemas sócio-econômicos da educação
☺Reforço da aprendizagem continuada
☺Indução ao autodidatismo e autonomia na aprendizagem
☺Mais economia
Todo esse conjunto de vantagens, favorecem à educação nacional, proporcionando a formação de indivíduos mais interessados no seu desenvolvimento pessoal e na sua contribuição com a sociedade. Alías, atualmente, é uma exigência do mundo globalizado, o desenvolvimento das competências individuais, principalmente no âmbito intelectual e da informática, visto que a informatização é utilizada em escala mundial. Além dos conhecimentos didáticos,o aluno adquiri autonomia, pois ele será responsável por seu desenvolvimento, muito mais que no ensino presencial, e também há o reforço da aprendizagem continuada, pois aprender é um exercício constante.

As Desvantagens:
☻algumas aulas presenciais, o que inviabiliza o estudo para algumas pessoas
☻qualidade dos conteúdos programáticos e algumas instituições
☻ Desvalorização das certificações
☻ Descontextualização
☻ Evasão dos cursos entre 60% e 90%

A presença para a realização de provas precisa ser desconsiderada, é necessário deixar o preconceito e principalmente as instituições assumirem que essa é uma forma educativa sim. Se houverem “pormenores”, haverá a inviabilização do estudo para algumas pessoas,que devido a falta de tempo para freqüenta-lo se evadirão do curso.
Qualidade, é a proposta da Ldb, sendo assim os meios governamentais, deverão fiscalizar as entidades que aproveitam-se da ”onda” e colocam cursos, sem interesse pedagógico e muito caros no mercado.
Ainda no Brasil, há um preconceito em relação ás novas concepções pedagógicas, leia-se, com auxílio da informática em um contexto moderno, onde informação faz parte do “capital” do ser humano, do seu valor social.
O curso de ead, assim como qualquer outro, precisa verificar a realidade do aluno, é necessário questionar o mesmo, no intuito de saber, o seu grau cognitivo.
A ABED (Associação Brasileira de Educação à Distância) verificou que na América do Sul a evasão da ead especificamente ocorre porque em outras regiões essa alternativa educativa é amplamente divulgada, além de ter um investimento maior que nos países latinos.
Essa evasão é devido á qualidade dos cursos, a desvalorização do mercado em relação aos certificados e a falta de motivação do aluno.
Somente quando as pessoas conscientizarem-se da importância de sua atitude pessoal em relação á aquisição de conhecimento aliada ás tecnologias, é que a ead terá uma procura e valorização maior.
Bibliografia:
LDB fácil, CARNEIRO, Moaci Alves,Vozes, Petrópolis 2003
Seed- Secretaria de Educação á Distância http://portal.mec.gov.br/seed/
ABED-Associação Brasileira de Educação à Distância
http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home&UserActiveTemplate=4abed